sábado, 7 de maio de 2011

O BULLYING E NOSSAS CRIANÇAS

O BULLYING E NOSSAS CRIANÇAS


Vamos viver valores e inspirar nossas crianças a não praticarem o Bullying


O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes negativas, agressivas, intenções e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotada por um ou mais estudantes contra outro(s) no âmbito escolar, causando dor e angústia.

Entende-se também como todo e qualquer tipo de agressão física ou verbal que cause constrangimento.

Resumindo: Bullying é a intimidação verbal ou física caracterizada pela repetição e escolhas de um “alvo” e representado por três papéis sociais:



AGRESSOR, VÍTIMA E PLATÉIA.

Poderíamos usar várias outras definições, dicas de minimização de tais atitudes através de sensibilizações, punições e/ou sanções, enfim...tudo o que sempre fizemos até então.

Nossos crianças sabem o que significa , sabem o que está errado, quais suas implicações, porém, parece que a cada dia, o BULLYING está com mais força. Nada atingiu de fato a exterminação do ato e o nosso objetivo primordial que é ACABAR com o Bulllying antes que ele acabe conosco...se perde dentre discursos e definições.

Estamos falando, pesquisando, debatendo, sensibilizando, porém estamos cada vez mais acostumados, permissivos e evasivos.



E aqui vai uma reflexão:

Qual é de fato o papel da família e da escola em prol do combate ao BULLYING?



Presencia-se nos dias de hoje, grandes transformações e desafios humanos.

Vivemos em um mundo globalizado, com grandes evoluções tecnológicas, velocidade de informações e de conhecimento,porém, na mesma proporção, estamos vivendo num mundo de conflitos.

Percebe-se também que, a sociedade passa por um período de turbulências, violência urbana, corrupção, jogos de poder nas empresas, desprezo pelo ser humano e pelo meio ambiente. Todas essas situações podem ser sintomas de uma sociedade que não criou apreço pelos valores e acabou por formar adultos sem referenciais de cidadania e de respeito ao próximo.

Atualmente há uma grande preocupação com o problema dos valores humanos. As nossas crianças e os nossos jovens, em quase todos os países, estão profundamente incertos quanto aos valores que norteiam suas ações. Os valores associados à religião perderam grande parte de sua influência. Por sua vez, pais, professores e demais adultos mostram-se inseguros e inquietos quanto às normas e ações à sustentar e considerar.

Tendo em vista as grandes transformações pelas quais o mundo vem passando e considerando que a escola reflete os problemas do mundo globalizado em que vivemos, como desemprego, insegurança, fome, abandono, entre outros – que levam o homem a se afastar de sua essência, alterando as relações interpessoais – é enfatizado a moral e suas manifestações na prática docente como uma possibilidade de transformação dessa situação caótica. Acredita-se também, que não existe educação sem valores inerentes ao desenvolvimento moral.

E partindo deste princípio, devemos entender a influência familiar exercida de forma grandiosa na formação do caráter e sua extensão no âmbito escolar.

Quando pensamos no combate do Bullying, não podemos perder de foco um valor essencial “ A COERÊNCIA” .

Por que a coerência?

Porque simplesmente representa a verdadeira harmonia entre discurso e prática e, as nossas crianças só introjetam valores quando são tratadas de forma prática com eles. Quando pais agem exatamente de acordo com a forma que educam seus filhos, quando professores agem de acordo com os seus ensinamentos, quando se fala de respeito...agindo com respeito, quando se fala de verdade...agindo com verdade, quando se fala de amor...agindo com amor.

Muito se fala de responsabilidade dos educadores na formação do aluno, nas sanções pelos atos de Bullying, na opressão sofrida pela vítima o Bullying, na história de vida do agressor, mas não se reconhece de fato a nossa responsabilidade enquanto protagonismo social de voltarmos às nossas origens para percebermos que a solução existe e é tão simples que, diante da complexidade os nossos conhecimentos, nos distanciamos do óbvio.

Falo e conceitos antigos, porém, de grande importância que não podem ser dissociados do nosso comportamento, cuja principal característica que nos difere dos outros seres vivos: A HUMANIZAÇÃO e consequentemente a convivência familiar tradicional.

Ao se falar de valores, não se pode pensar em discurso. Ninguém ensina valores, porém, podemos ser exemplos inspiradores de valores. Isso mesmo, inspirar valores. Viver valores humanos na família e na escola como ponto de partida para a formação do caráter e construção de uma sociedade mais harmônica nos leva a transcender limites pessoais, aspirações, vitórias e frustrações eventuais.

O problema do Bullying não é atual. Ele foi construído, educado e assim evoluído. E não é do ápice da pirâmide que podemos exterminá-lo, mas sim na sua base ,resgatando, vivenciando e inspirando os valores que foram banalizados e devorados por este mundo globalizado e por esta sociedade que criou apreço pelo TER e não pelo SER. .



“ Se uma criança vive na crítica, aprende a criticar. .

Se uma criança vive com hostilidade, aprende a brigar. .

Se uma criança vive com ridículo, aprende a sentir-se culpada.

Se uma criança vive na tolerância, aprende a ser paciente. .

Se uma criança vive com coragem, aprende a ter confiança. .

Se uma criança vive com elogio, aprende a apreciar. .

Se uma criança vive na retidão, aprende a ser justa. .

Se uma criança vive na aprovação, aprende a gostar de si mesma. .

Se uma criança vive com aceitação e amizade, aprende a encontrar amor no mundo!”. .



Dorothy Law Rothe Fonte:

Autora: Regiane Pinheiro

CRP 32901

Psicóloga de Formação com Especialização em Gestão e Pessoas nas Organizações.

15 anos de vivência em Recursos Humanos

6 anos na área da Educação

Unidade Centro do Colégio da Polícia Militar

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